Nome: Anica Bittencourt Idade: 24 anos Localização: Curitiba, PR
Eu odeio dar pedaço de Sonho de Valsa para as pessoas porque eu tenho um sistema legal de comer, tirando camada por camada. E aí as pessoas mordem e esculhambam meu sistema, e isso me deixa puta.
Fico louca da vida também com barulhinhos de colher batendo no copo e gente mascando chiclete.
Isso obviamente me qualifica como uma pessoa de manias, e não negarei: sou cheia delas. Por exemplo, eu sempre calço primeiro o pé esquerdo, e no momento que estou colocando o sapato penso "Nossa, começar com pé esquerdo dá azar".
E eu não sei bem se é uma mania, mas eu costumo ser meio avoada para coisas que as pessoas normais chamam de "importantes". Até hoje não decorei meu cpf e com relativa freqüência esqueço o número do meu telefone, ou ainda que na verdade me chamo 'Ana Paula', e não 'Anica'. Então, para não pensarem que sou esse azedume todo, resolvi acrescentar coisinhas fofas ao meu respeito. Eu adoro sorvete de menta com chocolate, dias de chuva e dar apertões em gatinhos. Sou fã dos 'Rolling Stones' (embora tenha passado uns anos da minha vida achando que só se pode ser fã dos 'Beatles' ou dos 'Stones', nunca os dois juntos), mas sempre esqueço de citá-los como banda favorita, assim como faço com o '1984' do Orwell na hora de citar um livro que mudou meu mundo (porque livros mudam pessoas, que mudam mundos, né?). Enfim, foi tão difícil achar essas coisas fofas que eu começo a acreditar que realmente sou esse azedume todo.
Frank, queriducho! Obrigada por resgatar o véio Hellfire!
*Hellfire Club,terça-feira, agosto 03, 2004*
Eu pensava que seria pior. Claro, estou morta de cansaço, mas aparentemente eu sobrevivi bem. Édison às 7:30hrs, ligação para brturbo para saber wtf está acontecendo com minha adsl, compras de começo de período na Guerreiro, almoço no Balaio de Frango, dar aula das 13:30hrs às 19:30hrs (sem tempo nem para fazer xixi), uma hora para comer e ler um pouco, aula de Oral, Lê na saída, Sex and the City and here I am.
A pérola de hoje foi eu conversando com o Rodrigo (esperando dar a hora para ir para a aula de Oral) e aí eu digo: Pô, mas não conheço ninguém da noite. Fazer Oral com desconhecidos é foda! Depois eu percebi que tinha falado bobagem, como sempre.
Ah, a aula de Oral! A Márcia foi gente fina comigo, disse que se surpreendeu por eu ter largado Oral III no semestre retrasado porque eu estava indo bem. Se surpreendeu também por eu já ter feito Oral IV e passado. Eu desconfio que ela esqueceu que eu faltei mais da metade das aulas que fui, mas tudo bem. Já ter visto a matéria me dá mais segurança e eu falo mais. E as pessoas da sala hoje me pareceram bem simpáticas, gostei.
Estou cansada, mas feliz. Comprei o livro A Literatura Brasileira Através dos Textos, do Massaud Moisés. Por algum motivo obscuro eu fico radiante comprando livros bacanas, mesmo que tenha custado 55 reais. Ok, o motivo não é obscuro e é bem óbvio. Enfim, o livro é interessantíssimo. Sou mais o História Concisa da Literatura Brasileira do Alfredo Bosi, mas esse também é bom.
O professor Alessandro diz que o período helenístico foi bem parecido com o que estamos vivendo agora: uma fase de estagnação criativa. Nada de novo surge, porque estamos mais embasados na crítica do que na criação. E a crítica está cada vez mais eletizada, o que não significa que tenha conteúdo.
O professor Alessandro é um sujeito batuta, acho que quando já estiver velha e caquética, ainda vou lembrar dele comentando sobre as piras das câmeras na XV, dizendo que só fica tranqüilo porque o amigo dele disse quando ainda tiver alguém que se recuse a vigiar o próximo, está tudo bem.
Estou divagando. É o cansaço.