Nome: Anica Bittencourt Idade: 24 anos Localização: Curitiba, PR
Eu odeio dar pedaço de Sonho de Valsa para as pessoas porque eu tenho um sistema legal de comer, tirando camada por camada. E aí as pessoas mordem e esculhambam meu sistema, e isso me deixa puta.
Fico louca da vida também com barulhinhos de colher batendo no copo e gente mascando chiclete.
Isso obviamente me qualifica como uma pessoa de manias, e não negarei: sou cheia delas. Por exemplo, eu sempre calço primeiro o pé esquerdo, e no momento que estou colocando o sapato penso "Nossa, começar com pé esquerdo dá azar".
E eu não sei bem se é uma mania, mas eu costumo ser meio avoada para coisas que as pessoas normais chamam de "importantes". Até hoje não decorei meu cpf e com relativa freqüência esqueço o número do meu telefone, ou ainda que na verdade me chamo 'Ana Paula', e não 'Anica'. Então, para não pensarem que sou esse azedume todo, resolvi acrescentar coisinhas fofas ao meu respeito. Eu adoro sorvete de menta com chocolate, dias de chuva e dar apertões em gatinhos. Sou fã dos 'Rolling Stones' (embora tenha passado uns anos da minha vida achando que só se pode ser fã dos 'Beatles' ou dos 'Stones', nunca os dois juntos), mas sempre esqueço de citá-los como banda favorita, assim como faço com o '1984' do Orwell na hora de citar um livro que mudou meu mundo (porque livros mudam pessoas, que mudam mundos, né?). Enfim, foi tão difícil achar essas coisas fofas que eu começo a acreditar que realmente sou esse azedume todo.
Frank, queriducho! Obrigada por resgatar o véio Hellfire!
*Hellfire Club,sábado, outubro 09, 2004*
Ah, nossa! Eu finalmente consegui! Escrevi o haikai de primavera!
O negócio é o seguinte: desde que pipocaram as flores de ipês eu tenho vontade de escrever algo relacionado a isso. Porque é uma coisa marcante para mim, eu sei que o inverno chegou ao fim. E é algo lindo de se ver, por mais que eu tenha verdadeira paixão pelos tons de cinza da estação.
Enfim, nada melhor para falar de estações do que haikai. Mas o problema é que haikais (se for considerar como uma forma fixa) apresentam 5/7/5 sílabas. E para conseguir as malditas e ao mesmo tempo expressar o que queria? É nessas horas que eu decididamente tiro meu chapéu até para o mais parnasiano dos poetas. Fazer poesia não é fácil mesmo.
Bom, ficou assim:
Árvore florida
colorindo de amarelo
o adeus ao frio Inverno.
Escandindo o poema, a coisa fica assim:
Ár/vo/re/ flo/ri/da
co/lo/rin/do/ de a/ma/re/lo
o a/deus ao/ fri/o In/ver/no.
Um dia eu aprendo a rimar.
***
Ontem foi aniversário do Marlo e o clima estava muito bom. Eu realmente adoro ficar entre pessoas inteligentes e com senso de humor. Lógico, quem não gosta? Mas o nível de sacadas hilárias e comentários pertinentes por segundo estão acima da média.
Mas o mais bacana foi uma discussão que o Marlo levantou, a respeito de o que pode acontecer no futuro. Eu comentei com ele sobre uma matéria da Times que eu li, na qual especialistas discutiam o que poderia e o que não poderia acontecer no futuro. Aí ele disse que tudo o que foi levantado ali vai vai acontecer, porque é assim que funciona na humanidade: criamos uma meta e procuramos um modo de atingí-las.
Ele citou como exemplo o Júlio Verne e tudo o que ele criou na ficção e que depois passou a existir. Nisso entramos na conversa sobre signo e significado: no caso, uma coisa não existe enquanto não tem um nome.
Céus, e isso que estávamos bêbados