Nome: Anica Bittencourt Idade: 24 anos Localização: Curitiba, PR
Eu odeio dar pedaço de Sonho de Valsa para as pessoas porque eu tenho um sistema legal de comer, tirando camada por camada. E aí as pessoas mordem e esculhambam meu sistema, e isso me deixa puta.
Fico louca da vida também com barulhinhos de colher batendo no copo e gente mascando chiclete.
Isso obviamente me qualifica como uma pessoa de manias, e não negarei: sou cheia delas. Por exemplo, eu sempre calço primeiro o pé esquerdo, e no momento que estou colocando o sapato penso "Nossa, começar com pé esquerdo dá azar".
E eu não sei bem se é uma mania, mas eu costumo ser meio avoada para coisas que as pessoas normais chamam de "importantes". Até hoje não decorei meu cpf e com relativa freqüência esqueço o número do meu telefone, ou ainda que na verdade me chamo 'Ana Paula', e não 'Anica'. Então, para não pensarem que sou esse azedume todo, resolvi acrescentar coisinhas fofas ao meu respeito. Eu adoro sorvete de menta com chocolate, dias de chuva e dar apertões em gatinhos. Sou fã dos 'Rolling Stones' (embora tenha passado uns anos da minha vida achando que só se pode ser fã dos 'Beatles' ou dos 'Stones', nunca os dois juntos), mas sempre esqueço de citá-los como banda favorita, assim como faço com o '1984' do Orwell na hora de citar um livro que mudou meu mundo (porque livros mudam pessoas, que mudam mundos, né?). Enfim, foi tão difícil achar essas coisas fofas que eu começo a acreditar que realmente sou esse azedume todo.
Frank, queriducho! Obrigada por resgatar o véio Hellfire!
*Hellfire Club,quarta-feira, outubro 27, 2004*
Fui na Ghignone comprar minhas hqs do mês e acabei trombando com uma versão em Inglês de "O Homem Invisível" do H. G. Wells a um precinho beeeem camarada. Ok, eu compraria mesmo que o preço não fosse camarada, anyway, estou lendo.
O que eu acho mais interessante a respeito da história criada pelo Wells, ou ainda, pela personagem criada (o Griffin) é o que se pode pensar sobre como funciona a moral humana.
Não é à toa que a história já foi recontada de diversas maneiras em outros livros, dezenas de filmes e até em HQs. Dava para fazer uma lista enorme de citações, mas deixemos isso de lado. A questão toda é: o que você pode fazer se não tem que encarar seu reflexo no espelho?
A idéia é de que uma vez que ninguém te vê (nem você mesmo), você não pode ser julgado. Se não é julgado, sua consciência não registra o delito (o que em outras palavras quer dizer, não se sente o tal do peso na consciência). Sem isso, certo/errado já não parecem tão opostos assim: na verdade, vale mais o que é bom ou ruim para a pessoa.
Ser invisível seria se livrar de qualquer sentimento de culpa? Se sim, tem um punhado de coisas que adoraria fazer se fosse invisível.