Nome: Anica Bittencourt Idade: 24 anos Localização: Curitiba, PR
Eu odeio dar pedaço de Sonho de Valsa para as pessoas porque eu tenho um sistema legal de comer, tirando camada por camada. E aí as pessoas mordem e esculhambam meu sistema, e isso me deixa puta.
Fico louca da vida também com barulhinhos de colher batendo no copo e gente mascando chiclete.
Isso obviamente me qualifica como uma pessoa de manias, e não negarei: sou cheia delas. Por exemplo, eu sempre calço primeiro o pé esquerdo, e no momento que estou colocando o sapato penso "Nossa, começar com pé esquerdo dá azar".
E eu não sei bem se é uma mania, mas eu costumo ser meio avoada para coisas que as pessoas normais chamam de "importantes". Até hoje não decorei meu cpf e com relativa freqüência esqueço o número do meu telefone, ou ainda que na verdade me chamo 'Ana Paula', e não 'Anica'. Então, para não pensarem que sou esse azedume todo, resolvi acrescentar coisinhas fofas ao meu respeito. Eu adoro sorvete de menta com chocolate, dias de chuva e dar apertões em gatinhos. Sou fã dos 'Rolling Stones' (embora tenha passado uns anos da minha vida achando que só se pode ser fã dos 'Beatles' ou dos 'Stones', nunca os dois juntos), mas sempre esqueço de citá-los como banda favorita, assim como faço com o '1984' do Orwell na hora de citar um livro que mudou meu mundo (porque livros mudam pessoas, que mudam mundos, né?). Enfim, foi tão difícil achar essas coisas fofas que eu começo a acreditar que realmente sou esse azedume todo.
Frank, queriducho! Obrigada por resgatar o véio Hellfire!
*Hellfire Club,sexta-feira, dezembro 31, 2004*
O ano nem virou e pelo visto eu já estou cumprindo algumas resoluções. Hohoho... Preciso de novas. Penso depois da meia noite. Aliás, eu só vou pensar na minha vida depois da meia noite: se eu estipulo um horário eu pelo menos penso nela, hehe.
No final das contas é tipo casa em desordem, fica tudo tão virado que você não tem coragem de começar a faxina. Mas se vai aos poucos, acertando aqui e acolá... Ok, não é como casa em desordem. É sério, eu acho que depois que bati a cabeça eu fiquei um pouco pior do que o normal.
Enfim, Ano Novo, né?
***
No ano que passou fizemos o possível,
o que acreditávamos, o que era incrível.
Botes, submarinos, caravelas,
comunas, castelos, favelas.
A novidade é incapacidade
de destruirmos a guerra.
Não mudou o sonho,
ora naufragou, ora ficou à deriva.
O ano que passou alimentou o poema.
Poetas voltam ao picadeiro da rua
e gritam: a terra está nua,
a mentira é uma fera solta.
Mas a poesia faz acrobacia,
vira cambalhota e inventa
o novo estratagema:
continuamos apaixonados pela vida
e faremos, ano que vem,
maior e mais forte investida.Mário Pirata