Nome: Anica Bittencourt Idade: 24 anos Localização: Curitiba, PR
Eu odeio dar pedaço de Sonho de Valsa para as pessoas porque eu tenho um sistema legal de comer, tirando camada por camada. E aí as pessoas mordem e esculhambam meu sistema, e isso me deixa puta.
Fico louca da vida também com barulhinhos de colher batendo no copo e gente mascando chiclete.
Isso obviamente me qualifica como uma pessoa de manias, e não negarei: sou cheia delas. Por exemplo, eu sempre calço primeiro o pé esquerdo, e no momento que estou colocando o sapato penso "Nossa, começar com pé esquerdo dá azar".
E eu não sei bem se é uma mania, mas eu costumo ser meio avoada para coisas que as pessoas normais chamam de "importantes". Até hoje não decorei meu cpf e com relativa freqüência esqueço o número do meu telefone, ou ainda que na verdade me chamo 'Ana Paula', e não 'Anica'. Então, para não pensarem que sou esse azedume todo, resolvi acrescentar coisinhas fofas ao meu respeito. Eu adoro sorvete de menta com chocolate, dias de chuva e dar apertões em gatinhos. Sou fã dos 'Rolling Stones' (embora tenha passado uns anos da minha vida achando que só se pode ser fã dos 'Beatles' ou dos 'Stones', nunca os dois juntos), mas sempre esqueço de citá-los como banda favorita, assim como faço com o '1984' do Orwell na hora de citar um livro que mudou meu mundo (porque livros mudam pessoas, que mudam mundos, né?). Enfim, foi tão difícil achar essas coisas fofas que eu começo a acreditar que realmente sou esse azedume todo.
Frank, queriducho! Obrigada por resgatar o véio Hellfire!
*Hellfire Club,domingo, janeiro 16, 2005*
Giu mandou um texto muito bacana, leiam com carinho!
HOSPEDE SECRETOVEJO UM grupo de homens comentando
Sobre um carro:
azul profundo, potência de 150 cavalos,
veloz - de 0 a 100 km/h em 15 segundos.
Um homem comenta dos pneus e outro pergunta:
- Quando quilômetros rodados?
E as minhas pernas que tantos quilômetros fizeram.
Logo a frente outro grupo:
mulheres que rodeiam uma revista, apontando aquela atriz,
conversando sobre dieta - em busca da forma perfeita.
Entretanto, não vejo um homem sequer,
seja ele: gordo magro calvo lendo serena e silenciosamente algum livro.
E me pergunto, ao andar pelas ruas:
- O que estou fazendo, meu Deus?
E não é que um livrinho aberto, não sei, talvez um menino preso no peito, responde:
- "Você pode mudar o mundo".