Nome: Anica Bittencourt Idade: 24 anos Localização: Curitiba, PR
Eu odeio dar pedaço de Sonho de Valsa para as pessoas porque eu tenho um sistema legal de comer, tirando camada por camada. E aí as pessoas mordem e esculhambam meu sistema, e isso me deixa puta.
Fico louca da vida também com barulhinhos de colher batendo no copo e gente mascando chiclete.
Isso obviamente me qualifica como uma pessoa de manias, e não negarei: sou cheia delas. Por exemplo, eu sempre calço primeiro o pé esquerdo, e no momento que estou colocando o sapato penso "Nossa, começar com pé esquerdo dá azar".
E eu não sei bem se é uma mania, mas eu costumo ser meio avoada para coisas que as pessoas normais chamam de "importantes". Até hoje não decorei meu cpf e com relativa freqüência esqueço o número do meu telefone, ou ainda que na verdade me chamo 'Ana Paula', e não 'Anica'. Então, para não pensarem que sou esse azedume todo, resolvi acrescentar coisinhas fofas ao meu respeito. Eu adoro sorvete de menta com chocolate, dias de chuva e dar apertões em gatinhos. Sou fã dos 'Rolling Stones' (embora tenha passado uns anos da minha vida achando que só se pode ser fã dos 'Beatles' ou dos 'Stones', nunca os dois juntos), mas sempre esqueço de citá-los como banda favorita, assim como faço com o '1984' do Orwell na hora de citar um livro que mudou meu mundo (porque livros mudam pessoas, que mudam mundos, né?). Enfim, foi tão difícil achar essas coisas fofas que eu começo a acreditar que realmente sou esse azedume todo.
Frank, queriducho! Obrigada por resgatar o véio Hellfire!
*Hellfire Club,terça-feira, outubro 11, 2005*
Confesso que no começo das discussões sobre o referendo eu levantei a bandeira do SIM e achava um absurdo pessoas defenderem o NÃO. Mas pensando bem em prós e contras, pesando argumentos e tudo o mais (e ignorando solenemente a propaganda imbecil que está passando na TV e nos rádios), minha preocupação agora é exatamente qual barulho a urna eletrônica fará se eu apertar o 3 (porque veja bem, eu sou uma pessoa tímida e não quero passar vergonha com bééééés e tal).
A situação para mim é a seguinte: o que exatamente vai mudar com o 'sim' ou com o 'não'? Armas serão devolvidas se o 'sim' ganhar? Acontecerá uma procura histérica por armas caso o 'não' ganhe? Não sei, acho que em nada esse referendo alterará as probabilidades de qualquer um de nós morrer com um tiro na cabeça por causa de um babaca qualquer. Na verdade, deveria existir algum tipo de referendo sobre a existência dos babacas na Terra, he he...
No final das contas acabo concordando com o Tio Churchill: "A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas".
***
Para comemorar meu 9,0 em Literatura Inglesa II vamos para o momento...
... GEE, EU AMAVA POESIA E NÃO SABIA!!
Lemos hoje em sala de aula uma poesia extremamente linda do e.e. cummings, chamada "somewhere i have never travelled, gladly beyond". A Luci, que é uma professora batuta, levou para a aula uma versão em português e musicada que o sr. Zeca Baleiro fez dessa poesia que - pasmem - ficou linda também.
Vou colocar a poesia em Inglês e depois a versão do Zeca, porque eu sei que se só coloco os links a preguiça impera e só o Higor lê Versão Originalsomewhere i have never travelled, gladly beyond any experience, your eyes have their silence: in your most frail gesture are things which enclose me, or which i cannot touch because they are too near your slightest look easily will unclose me though i have closed myself as fingers, you open always petal by petal myself as Spring opens (touching skillfully, mysteriously) her first rose or if your wish be to close me, i and my life will shut very beautifully, suddenly, as when the heart of this flower imagines the snow carefully everywhere descending; nothing which we are to perceive in this world equals the power of your intense fragility: whose texture compels me with the colour of its countries, rendering death and forever with each breathing (i do not know what it is about you that closes and opens; only something in me understands the voice of your eyes is deeper than all roses) nobody, not even the rain, has such small hands.Versão do Zeca Baleiro - Nalgum LugarNalgum lugar em que eu nunca estive, alegremente alémde qualquer experiência, teus olhos têm o seu silêncio: no teu gesto mais frágil há coisas que me encerram,ou que eu não ouso tocar porque estão demasiado pertoteu mais ligeiro olhar facilmente me descerraembora eu tenha me fechado como dedos, nalgum lugarme abres sempre pétala por pétala como a primavera abre(tocando sutilmente, misteriosamente) a sua primeira rosa (2X)ou se quiseres me ver fechado, eu eminha vida nos fecharemos belamente, de repenteassim como o coração desta flor imaginaa neve cuidadosamente descendo em toda a parte;nada que eu possa perceber neste universo igualao poder de tua intensa fragilidade: cuja texturacompele-me com a cor de seus continentes,restituindo a morte e o sempre cada vez que respira(não sei dizer o que há em ti que fechae abre; só uma parte de mim compreende que avoz dos teus olhos é mais profunda que todas as rosas)ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas.